domingo, 11 de maio de 2008

FALSOS PROFETAS II

Os Falsos Profetas no Decorrer da História

Entre os falsos profetas das muitas eras da História se encontram vários papas. Como exemplo, a encíclica papal de Gregório XI em 1372 (In Coena Domini) pronunciou o domínio papal sobre todo o mundo cristão, secular e religioso, e decretou a excomunhão para todos que não obedecessem ao papa e não lhe pagassem impostos. In Coena foi confirmada por papas subseqüentes, e em 1568, o papa Pio V jurou que ela deveria permanecer como lei eterna. No entanto, em 1870, dois meses depois do Vaticano pronunciar o dogma da infalibilidade papal, Roma foi libertada do domínio do papa pelo exército italiano, e o papa Pio IX se refugiou no Vaticano, tudo que restara de um vasto império.

Imitando os papas, Sun Myung Moon, da Igreja da Unificação, profetizou décadas atrás que ele iria conquistar o mundo. Maharishi Mahesh Yogi, fundador do movimento de Meditação Transcendental, declarou que 1975 seria o primeiro ano da "Era da Iluminação", 1977 seria o "Ano da Sociedade Ideal", e 1978 seria o "Ano da Invencibilidade de Todas as Nações". Nenhum comentário precisa ser feito. Herbert W. Armstrong profetizou que a sua Igreja Mundial de Deus seria arrebatada para a antiga cidade de Petra em 1972 e que Cristo voltaria à Terra em 1975 (uma data favorita de muitas seitas). No final dos anos 70, Elijah Muhammad profetizou para seus seguidores muçulmanos negros que o retorno de Deus à América do Norte era iminente.

O mormonismo se vangloria de seus profetas – mas todos eles são falsos. Em 1833, o profeta fundador, Joseph Smith, profetizou que os Estados Unidos sofreriam vários desastres sem igual ("peste, granizo, fome e terremotos") que extirpariam os ímpios (não-mórmons) da terra, deixando os mórmons seguros em seu refúgio de Sião, em Missouri. Em vez disso, os mórmons emigraram (fugidos) para Utah. Entre as muitas outras profecias falsas de Smith está a declaração, feita em 1835, de que Cristo voltaria dentro de 56 anos, e que muitos dos que então viviam "não provariam a morte até que Cristo voltasse".[1] O sucessor de Smith, Brigham Young, profetizou que a guerra civil americana não produziria a libertação dos escravos.

As falsas profecias de Charles Taze Russell formaram a base do que viria a ser a Sociedade Torre de Vigia e a seita Testemunhas de Jeová. Russell declarou que a segunda vinda de Cristo tinha ocorrido invisivelmente em outubro de 1874, que o Senhor estava verdadeiramente presente, e que em 1914, os fiéis (os 144.000) seriam trasladados ao céu e os ímpios destruídos. Armagedom, que começara em 1874, culminaria em 1914 com a derrubada geral dos governantes da Terra e o fim do mundo. Charles T. Russell, ainda na terra, morreu em 1916.

No começo da década de 20, os Testemunhas de Jeová distribuíram nas ruas e de porta em porta um livro intitulado Millions Now Living Will Never Die (Milhões Hoje Vivos Jamais Morrerão). Foi profetizado: "O ano de 1925 é uma data definitiva e claramente marcada nas Escrituras, ainda mais clara que a de 1914... podemos esperar confiantemente que o ano de 1925 marcará o retorno de Abraão, Isaque e Jacó e dos fiéis profetas antigos... na condição de perfeição humana."[2] Os Testemunhas de Jeová chegaram a construir uma casa na cidade de San Diego, na qual os patriarcas deveriam morar, e tentaram passar a escritura em nome do Rei Davi. (A casa foi discretamente vendida em 1954.)

No começo dos anos 40, os Testemunhas de Jeová estavam afirmando que o Armagedom, que estava apenas há alguns meses adiante, colocaria um fim à Segunda Guerra Mundial, e que a derrota dos nazistas traria o reino de Deus à terra.[3] Seu livro Children (Filhos) sugeria que planos de casar e constituir família deveriam ser adiados até depois do Armagedom. Que longa espera! Sem desistir, profetizaram depois que o reino milenar de Deus começaria em 1975. Uma vez mais os Testemunhas de Jeová receberam ordens de não fazerem planos para este mundo, inclusive casar e ter filhos. Muitos abandonaram seus empregos, venderam suas casas e dedicaram-se a ir de porta em porta vendendo literatura e propagando a seita.

O Adventismo do Sétimo Dia (ASD) também se originou com falsas profecias sobre a volta de Jesus Cristo. Tudo começou com William Miller, que predisse que Cristo voltaria em 1843 (data que foi revisada para 22 de outubro de 1844). Miller admitiu seu erro. No entanto, a profetisa do ASD, Ellen G. White, que repetidas vezes endossara a profecia de Miller, insistiu que Cristo havia retornado de fato, mas não para a terra. Em vez disso, Ele havia entrado no "santo dos santos" no céu, "para fazer expiação por todos quantos se mostrassem merecedores dos seus benefícios."[4] Merecedores? Muitas citações podem ser fornecidas para provar que Ellen White ensinava a salvação pelas obras. Eis aqui algumas:

Nossos atos, nossas palavras, até mesmo nossos motivos mais secretos, todos têm seu peso na decisão de nossos destinos... embora... esquecidos por nós, nossas obras darão seu testemunho de justificação ou condenação.[5]

Quando qualquer pessoa tiver pecados que permaneçam no livro de registros, pelos quais não se arrependeu e que não lhe foram perdoados, seus nomes serão apagados do livro da vida...[6]

Cada um de vós deve... trabalhar com toda força para redimir as falhas de sua vida passada. Deus vos colocou num mundo de sofrimento para vos provar, a fim de ver se sois dignos de receber o dom da vida eterna.[7]

Este ensino do "juízo investigativo" é a doutrina fundamental e a principal heresia do Adventismo do Sétimo Dia: que a expiação de Cristo não foi completada na cruz, mas que começou em 1844 no céu, e depende de nossas obras. De acordo com Ellen White, o sangue de Cristo, ao invés de fazer "expiação pela alma" (Lv 17.11) e de nos "purificar de todo o pecado" (1 Jo 1.7), levou o pecado ao céu: "Nossos pecados foram, de fato, transferidos para o santuário celestial pelo sangue de Cristo".[8] Assim Cristo tinha que começar a obra de purificar o santuário celestial (dos pecados que o Seu sangue levara até lá!) por meio do "juízo investigativo". Ellen White declarou que "ministros que não aceitassem essa mensagem salvadora estariam impedindo a obra de Deus" e que "o sangue das almas permanece sobre eles".[9] Os seguidores de William Miller que adotaram esse engano se tornaram Adventistas do Sétimo Dia.

Ellen White fez várias profecias falsas: que "a antiga cidade de Jerusalém jamais seria reconstruída",[10] que ela estaria viva por ocasião do Arrebatamento,[11] que Cristo iria retornar antes da abolição da escravatura,[12] que os Adventistas que estivessem vivos em 1856 estariam vivos por ocasião do Arrebatamento,[13] e muitas outras. No entanto, seus escritos são reverenciados como se fossem parte da Escritura Sagrada. O décimo sétimo artigo das Crenças Fundamentais do Adventismo do Sétimo Dia afirma:

O Dom de Profecia: Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Esse dom é uma marca de identificação do remanescente fiel da Igreja e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como mensageira do Senhor, seus ensinos são uma fonte contínua e autorizada de verdade que suprem à igreja o consolo, a orientação, a instrução e a correção.

Um comentário:

Marketing do aprendiz disse...

Essas citações de Ellen Wihte sobre essas profecias falsas, está em quais livros ?
Obrigado